sexta-feira, 15 de maio de 2009


Língua- Vidas em Português
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O filme Língua – Vidas em Português, é um documentário inovador, que retrata as diferenças sociais, culturais e históricas entre os países em que a língua portuguesa é falada.

O multiculturalismo, a globalização e a diferença religiosa foram os principais temas do documentário. Apesar do escritor não ter retratado mais sobre a imensa variedade de acentos e ritmos e a riqueza léxica das diferentes regiões do Brasil.
“A cultura hoje substitui a noção de raça”, frase falada no filme, que nos faz pensar sobre pré-conceitos raciais e hoje culturais, mas sempre existentes.

O filme não retratou somente os países em que a língua Portuguesa é oficial, assim como Angola, Cabo Verde etc. que nem se quer foram alvo do escritor, porém, revelou histórias interessantíssimas sobre Goá, uma ilha na Índia, que foi colonizada por Portugal, onde ainda existem 60 mil falantes da língua portuguesa, mas parece que a língua não está sendo passada adiante pelas gerações, o que fará com que a língua deixe de existir no local. Também nos revelou a língua portuguesa sendo falada por Chineses e ainda no Japão, seja por imigrantes ou ainda por descendentes.

O depoimento de Martinho da vila, sobre o redescobrimento de sua terra de origem, foi emocionante, assim como a fala de Saramago, onde numa frase como: “Não existe língua Portuguesa, mas sim, Línguas em Português”, consegue expressar o quão rico e importante é o nosso Português, e que apesar de existirem diferenças na Língua, segundo a região, estado social, e a própria cultura de cada local, ainda assim a reconhecemos, e parece que é só isso que importa.

Em fim, esse filme foi importantíssimo para que nós, conheçamos através deste, um pouco da história da língua portuguesa e a reconheçamos como uma das mais importantes línguas do mundo, tendo em vista que é a terceira mais falada. Relacionando com o texto: Currículo, conhecimento e cultura, posso dizer que esse filme poderia ser um divisor de águas no ensino de História, Língua Portuguesa e Geografia.
O currículo de nossas escolas não valoriza a História da África, do Oriente e com isso nega a História da miscigenação brasileira. Os alunos das escolas públicas precisam começar a se reconhecer como brasileiros, cidadãos e principalmente como parte integrante da nossa História. Aceitar, respeitar e trabalhar de forma diversificada as diferenças existentes dentro de uma sala de aula não deve ser uma obrigação, mas uma realidade pautada na instrução dos professores, gestores e da sociedade como um todo.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

REFLEXÃO SOBRE O TEXTO: CURRÍCULO, CONHECIMENTO E CULTURA

Aula do dia 05/05/09
O currículo é um assunto em voga na atualidade, muito é discutido em relação a ele, algumas reformulações são sugeridas, mas muito pouco dessas sugestões saem do campo das idéias.
O currículo escolar precisa ser mais dinâmico e adaptado a multiplicidade cultural existente dentro do âmbito escolar. Dentro de uma sala de aula existem crianças que vivem na mesma comunidade, mesma faixa etária, porém, com histórias de vida e cultura totalmente diferentes. Essa diversidade não é levada em conta pelo currículo formal, tampouco pelo currículo oculto.
Acredito que o currículo oculto seja ainda mais cruel. Por exemplo, uma criança quando abre o livro didático e vê o modelo de família existente nele, com pai, mãe, irmãos vivendo dentro de uma casa de alvenaria, ela pode ou não se encaixar nele e quando ela não se encaixa, sente-se naturalmente fora dos padrões. E é aí, que na minha opinião mora a crueldade, que por não ser dito, torna-se algo “natural” porque para a criança (e para alguns adultos também) o livro didatico é algo inconteste.

Referência bibliográfica:
Moreira, Antônio Flávio Barbosa] Indagações sobre currículo : currículo, conhecimento e cultura / [Antônio Flávio Barbosa Moreira , Vera Maria Candau] ; organização do documento Jeanete Beauchamp, Sandra Denise Pagel, Aricélia Ribeiro do Nascimento. – Brasília : Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.48 p.